Só pelo prazer de escrever, aqui estou eu, com mais um post meio cheio meio vazio, meio sensato meio sem nexo, meio triste meio sorridente. Obrigada a todos que me têm visitado, é um de enorme gosto que partilho com todos os que já perderam algum tempo a ler coisas que nem sempre são as mais optimistas. Desculpem os desabafos algo estranhos, eu sou mesmo assim. No entanto, só aqui, nas letras é que me liberto. No dia-a-dia sou do mais normal que pode haver, adoro música, cinema, literatura, passeios. Mas quem me conhece um pouco melhor sabe que esta é a fachada que desde sempre criei com o intuito de me defender. Tenho algumas coisas camufladas, alguns segredos, se calhar sem importância nenhuma, mas que eu me reservo no direito de lhes dar importância. As coisas são a importância que lhes damos. Estou um bocado enjoada de mim, não sei como dizer isto sem parecer estúpido, mas é essa a verdade. Dou-vos um pouco de poesia, hoje não posso escrever mais, senão vou-me denegrir aqui mesmo, porque as minhas mãos hoje estão fechadas em punho em direcção a mim mesma.
Até...
"Poesia
Porque não queres os versos que te nascem
Como rebentos pelo tronco acima?
Porque não queres a inesperada rima
dos sentimentos?
Olha que a vida tem desses momentos
Que se articulam numa cadência, tão imprevista,
Que é uma conquista
da consciência
não ser um túnel de negação...
Brotam as folhas que são precisas
E outras folhas que o não são. "
Miguel Torga ( em cântico do Homem )
Estas em contradiçao...
ResponderEliminarSe estivesses mesmo enjoada de ti nao alimentavas este blog desta forma tao tua, tao faminta, tao pessoal, (in)directa, suave e carinhosa.
Tens um belo cantinho.
Podes contar com a minha visita regular, sempre que possa estarei por ca.
Miguel Torga? Andas te a armar!! =D
Não se chama contradição àquilo que nos dá prazer e este blog dá-me prazer, o que não tem nada a ver comigo, porque ontem foi mesmo um dia mau para mim,e vir ao blog é uma espécie de exorcismo, mas tem que ser curtinho, senão assusto... Obrigada pela tua visita. Quanto ao "armanço", nem parece que me conheces, taz, sabes tão bem o quanto eu gosto de ler... Keep up...
ResponderEliminarAcho que gosto de todos os meus segredos, coisas camufladas e etc. Sinto-me bem nesta pele, no meu corpo, até no meu próprio mal. Gosto da minha consciência, dos devaneios e das lacunas. Aprendo a viver com os meus monstros e os fantastas, alguns traumas e uma data de más ideias. E tem de ser assim, porque aparecem e desaparecem dentro de mim. É tudo uma questão de se saber lidar, aprender e reconhecermo-nos frente ao espelho. Mesmo que me assuste, por vezes, de olhar-me nos olhos... mas gosto.
ResponderEliminarE sim, acabo por gostar de mim tal como sou.
:)