Vê os frutos do superlativo absoluto sintético : produtos daquela imagem, que de tanto a quereres, tanto ou mais a afastas – ela consome-te. Eu disse-te, o vício materializa-se entre a fina parede que te separa de tudo o resto, uma fina parede que se chama pele. Na pele estás e ficas, sem que de modos alheados tentes respirar em outros poros, para que não os corrompas.
Poderás viver em vários estratos, conforme o pulsar das essências que te preenchem, mas serás sempre a coisa inacabada, que começou em coisa alguma, a não ser em porcaria nenhuma. Os factos que vês são produtos armazenados, são sessões de terapia induzida para que acredites no que é bom acreditar. No fundo, e até mesmo à tona, não passas de uma triste realidade induzida por factores desorganizados no lado interno que precisa ser reparado. E uma boa aula de transe pode fazer maravilhas por isso.
Afasta-te dos vasos de flores. Estragas o composto de qualquer pintura real, ou mesmo artificial, captada por lentes alheias distraías. Não passas de um ciclo de emoções num local ilustrado de dias nulos, que nada trazem de novo, com os quais nada se aprende. Onde se morre em perfeita parvalheira. Não és denominador nenhum, de coisa alguma, a não ser, como já disse, das vísceras de porcaria nenhuma.
Anda longe da noite. Dorme com as galinhas e não estragues o melhor dos dias; nas noites ando eu e eu não quero cruzar-me com as entranhas da tua mediocridade.
Aprende a rastejar, tu que achas que andar em bicos de pés faz de ti uma espécie de bailarina em ascensão. Não faz. Antes voltássemos para o paleolítico. Antes fôssemos caca de bisonte. Antes fôssemos descerebrados. Antes não nascêssemos.
Talvez da próxima vez que pensares em me atacar penses duas vezes antes me atingir. Talvez da próxima vez que pensares em pisar o mesmo milímetro cúbico que ocupo na vida, penses duas vezes. Pensando bem, talvez não haja uma próxima vez, porque se houver… estarei de arma em punho, de calções justos e curtos, para te estourar de vez… qual Tomb Raider na playstation.
Aproveita o trilho do comboio e deixa-te ficar aí, entranha as poças de vomitado de quem já não anda sozinho pelas ruas do acaso. Há coisas que não fazem falta… Muito menos o teu respirar infeccioso.