sábado, 12 de dezembro de 2009

Reflectindo


Há dias assisti a um desentendimento de um casal que admiro e respeito acima da média. Fiquei a pensar se aquilo que une as pessoas acaba por também desuni-las. Por exemplo, o amor une, mas também pode desunir, por causa do ciúme ou do amor-próprio já a chamar-se de orgulho... Quando se alteram, as pessoas tendem a puxar o pior de si mesmas, dizem coisas que depois, quando já estão mais calmas, nunca diriam. Mas as palavras têm uma força imensa, e muitas depois de serem ditas, jamais serão retiradas, porque já fizeram marcas. Às vezes profundas. É tão complicado quando nos pedem para emitir uma opinião, pois poderá ser interpretada como julgamento, ou como incompreensão... e querer ajudar, muitas vezes, torna-se uma responsabilidade tão grande que nos deixa bloqueados. Eu já me senti assim, talvez porque consigo ver as situações por vários prismas e entender qual a verdade de cada um nas coisas que vão acontecendo. E não é nada fácil ver sofrer, quando se quer o bem. Quando se aproxima o Natal eu fico ainda mais pensativa. Quedo-me a olhar para tudo o que torna esta época tão mágica, e sonho no quanto ainda poderia ser melhor, se não fosse cada vez mais consumista. Para mim é um estado de espírito, sério. Analiso as pessoas, as situações, a vida com muita mais profundidade. Faço desta quadra um parêntesis, sonhando um dia fazer dela o meu trajecto. Este parêntesis torna-se um alicerce, para um dia fazer os parágrafos necessários àquilo que já não importa mais. Adorava passar o sentido que precisava nas minhas palavras, mas o sentido é mutável aos olhos e entendimento de que as lê, por isso, ponho nelas um bocadinho da minha verdade, quem sabe se não é apreendida um bocadinho também por quem sente assim. O Natal é palavras e gestos, assim como a vida, assim como as vivências entre as pessoas, e queria eu poder fazer o milagre de poder ajudar a remediar desentendimentos entre pessoas que marcam o que sou ao longo do meu percurso. Talvez o que sou não seja muito, mas acredito que uma mão, um sorriso, poderão fazer a diferença. Sou só mais uma sonhadora... mas gosto tanto de sonhar!...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tochas, New Moon e espectativas



Hoje quero falar-vos uma vez mais do Pedro Tochas. Ontem fui ver " O lado B ", um dos espectáculos que ele faz. Para quem não sabe falo do Pedro Tochas dos anúncios da frize. Este senhor é do melhor que há em Portugal e não me lembro de alguma vez me ter rido tanto como nos espectáculos dele. Ele junta a comédia com artes circences, a expressão corporal e muita experiência na área e cria o ambiente perfeito para provocar verdadeiros AVC´s de tanto rir. Além disso é uma pessoa fantástica e isso percebe-se na forma como interage com o público. Ontem, uma vez mais, e pela sexta vez, vi o Tochas no Teatro campo Alegre no Porto, e foi uma experiência demasiado espectacular para ser transmitida. Já tirei fotos de grupo com ele e até tenho um autógrafo, provas físicas de dias que me ri como nunca. Lotação esgotada um vez mais, 450 pessoas a encher o Teatro,e em Fevereiro está lá outra vez, com um espectáculo novo, que promete, e eu vou ESTAR LÁ, como é lógico, e se conseguir bilhete... porque desta vez só vão estar à venda 150 bilhetes... :(

Quero também falar-vos de um filme que estava ansiosa por ver, o New Moon... já sei o que devem estar a pensar, ah e tal, teenager movie... Talvez. A verdade é que adorei o primeiro da saga "Twilight", mas este foi diferente. Com novo realizador, fiquei meia apreensiva, mas toda a publicidade feita à volta do filme e os trailers que vi, anteviam uma boa continuação. Confesso que fiquei um pouco desiludida. Bem mais parado que o primeiro e com um fim em interrogativa, deixa uma sensação de vazio quando se vai com as espectativas altas do primeiro filme. Os cenários continuam fiéis, os efeitos também estão muito em alta. Algumas personagens dos vampiros provocaram em mim alguma estranheza... O próximo estreia em Junho de 2010.

Agora, a verdadeira espectativa vai para a estreia a 18 de Dezembro do AVATAR, que me parece ser daqueles filmes absolutamente surreais em efeitos 3D, os trailers estão fenomenais e espero este filme com uma ansiedade como já não me lembrava desde o Senhor dos Anéis.

Agradecimento especial ao inimigo da cidade por ter sido muito fixe e ter comprado os bilhetes para o Tochas. :)


sábado, 31 de outubro de 2009

Pesadelo

Hoje dormi mesmo mal. Sonhei que tinha morrido, para não fugir ao habitual... Dou por mim a pensar no porquê do meu cérebro se virar para aí... a verdade é que é cansativo, sonhar é mesmo cansativo, porque acordo com a sensação que estive a trabalhar. Depois olho à volta e até percebo. O mundo está um bocadinho desinteressante... é o anúncio do Pingo Doce, que nos entra pelas casas como se fosse um musical! Longo e desafinado que se farta, parece que nunca mais acaba, e o que é pior! Dámos por nós a cantarolar essa melodia horribilis baixinho, para depois abanarmos com a cabeça tipo" hã?? O que é que me está a acontecer??? ", com medo que aquilo nos afecte de verdade e nos comecemos a espumar... Depois há também o fantástico anúncio da Linic, em que o Cristiano Ronaldo revela o seu truque para ter o cabelo sempre espectacular, e espantem-se! Mesmo assim ele lesiona-se e deixa toda uma equipa na desgraça... Depois a Maitê Proença, aquela a que já nos habituamos a ter em casa nas telenovelas, faz uma crítica a Portugal que é a sua condenação, porque não percebe que os únicos que podem dizer mal do nosso país somos nós mesmos... senão arrisca-se a ser um alvo a abater, como o que se viu... Paralelo a isto vem o Saramago dizer mal da Bíblia e a arriscar-se também a perder alguns leitores por causa da forma como fala do assunto, dando a cara ao Nobel como ateu e apologista dos bons costumes, que a Bíblia não professa porque é um manual de maus hábitos. Mas estes assuntos já estão gastos, como as pedras de tanto andar por cima delas. Continuo a tentar perceber de onde vem a capacidade do meu cérebro de ter tantos maus sonhos... ah, já sei! Foi de tantos anos ver televendas, só pode... ou até mesmo este Verão que durou o ano todo e já enfastia... É... o mundo anda um bocadinho sem piada... Ou então sou eu que não estou com os olhos virados para onde devem... Valham-me os Muse com o seu novo trabalho e a ideia que muito em breve farei o meu pinheiro de Natal, que é uma coisa que me dá quase tanto prazer como pisar as folhas secas do Outono... Ok, desci da minha nuvem... já é dia...
Não resisto em deixar esta pérola, protagonizada por Bruno Nogueira... Sigam o link...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Selo de reconhecimento


BLOG INSTIGANTE - Selo de Reconhecimento

Esta premiação foi criada pelos blogs Osho-br e Koyanisqatsi.
O selo de reconhecimento Blog Instigante premia os blogs que, além da assiduidade das postagens e do esmero com que são feitos, provoca-nos a necessidade de reflectir, questionar, aprender e – sobretudo – que instigam almas e mentes à procura de conhecimento e sabedoria.
Os blogs agraciados escolherão – cada um – 8 blogs com as características acima descritas e deverão copiar a imagem do selo e o texto acima, adicionando-a ao espaço que convier.

Como tenho que fazer a escolha de 8 blogues que considero seguir estes parâmetros, eu escolho:

http://gleilsonalves.blogspot.com/

http://cronicasdeumfeto.blogspot.com/

http://abstractapoesia.blogspot.com/

http://cenasdaminhamemoria.blogspot.com/

http://man-nao-me-apetece.blogspot.com/

http://dark-desiers.blogspot.com/

http://apenasmomentos2.blogspot.com/

http://EdsonCarmo-amor.blogspot.com/

É complicado atribuir um selo de reconhecimento, porque estaremos a fazer uma selecção... E eu já li tantos blogues que merecem reconhecimento! No entanto, estes que referi de algum modo já fazem parte do meu blogue também. Agradeço ao Edson e ao Gleilson terem-me atribuido este selo,que, apesar da distância e de não termos a mais pálida ideia de quem somos, contribuímos para quebrar fronteiras e fazemos parte deste espaço comum que é a blogosfera. Muito obrigada aos dois e recebo este selo com uma enorme gratidão.

sábado, 17 de outubro de 2009

Ao meu EU Maior



Porque é que sangramos quando não queremos sangrar e quando queremos não sangramos?

Porque a noite e o cheiro vindo dela são testemunhas de algo maior que a própria dor do sangue, eu passei para lá desta barreira.

Fechei os olhos e imaginei que o meu Eu maior dependia de mim pelo meu sangue e as minhas forças soltaram-se, ficaram presas a um objectivo. Deixei-me levar e, quando te olhava de olhos fechados, ligava-me a um mundo paralelo onde só queria que existíssemos eu e tu, o meu EU Maior. Porque a nossa entrega tão forte e vinda do fundo da alma não se esquece, fica e resiste, permanece. Estas palavras são apenas uma maneira de não perder os detalhes, mas não faz sentir o mesmo. Ler não é viver, é ajudar a não perder o sentido que houve, que há, que esteve e que está presente, que nunca se repetirá da mesma forma, mas que se repete todos os dias, na nossa vida.

Partilhar fogo e receios, saberes e ignorâncias, imaginação e desabafos, a vida e desejos... o que é a vida?...

Nunca me agradeças... o teu obrigado anula-se com o meu. Quero-te apenas como sempre estás.
Mas eu agradeço-te... porque me elevas todos os dias ao mais alto dos meus sentimentos.

27 / 09

terça-feira, 6 de outubro de 2009

The End!


É altura de recomeçar, e como tudo na vida tem um fim, este é o meu recomeço. Virei a pagina a nível profissional, espero que para melhor, e acredito que sim, acima de tudo. Faz já parte da minha nostalgia esse sítio que ensinou tanta coisa, que me ajudou a ver algumas reticências em relação a tanta coisa! O mesmo sítio para onde fui e não ia sozinha, em dias de chuva, por entre céu escuro e vista do cimo da cidade, o mesmo sítio em que me lamentei estar tanto tempo, mas que me deu algum conforto e saber... Para o bem e para o mal, fez parte da minha vida durante 9 anos de sonhos e ideais, de juventude, que passaram sem que desse por isso. Senti-me tantas vezes deprimida e sufocada por ter que deixar as coisas que mais amava para ir trabalhar para aquele sítio, e que me reprimia tanto daquilo que aspirava para mim... ao fim deste tempo reflicto sem pretensões e calmamente, e percebo que tudo o que é bom fica, o que é mau fica em estado de relatividade; parece que agora que digo o Adeus o que se adensa foi o caminho que escolhi, que, apesar de tudo, me tanto fez crescer. Lá fiz amizades para a vida, e nessas amizades eu moldei as minhas lacunas. Tantas vezes protestei! E tantas vezes me ri! Tantas vezes que fui para lá, cheia de sono e com noites de pesadelos que me deixavam cansada durante o dia inteiro... mas as conversas partilhadas, algumas piadas, muitas mensagens e boa-disposição deixavam o tempo passar com relativa pressa, durante 12 longas horas de labor... Agora que viro as costas e aceno com a mão, só consigo pensar que tudo o que vivi, teve especial relevo na minha vida. Que agora deixo, para encontrar algo que me ajude a continuar a evoluir, porque de algum modo sinto que já não tinha muito por onde evoluir lá. Digo um até sempre! e sigo em frente, agradecendo o que cresci, o que ganhei, o que me fez ser o que sou. Agora, que me despeço, sinto que só ganhei. Os momentos bons fizeram-me sorrir, os menos bons fizeram-me chorar muitas vezes, mas também me fizeram ganhar alguma confiança em mim mesma e saber levantar-me sempre que caio. Desejo muita sorte a quem por lá fica. Lá fica um pouquinho de mim e assim sigo o meu rumo, com os bons momentos. Um agradecimento especial a quem me sempre ajudou, esses permanecem, e não consigo imaginar o que seria a minha vida sem a amizade que sempre me prestaram. Obrigada... e até sempre...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Equação de Pensamentos






Têm sido tempos diversos, estes. O Outono está finalmente a chegar e eu nem posso esperar. Vale a pena pensar, ver o que interessa, ponderar o que importa. Ver o que sou. Sinto-me preparada para o Outono, pisar nas folhas secas como fazia quando era miuda, e faço todos os anos. Em mim há muito mais daquela menina que fui do que a pessoa que sou. Eu faço vénias às conversas que ouço por aí, escuto com atenção para poder fazer parte de tudo, sou curiosa e fascinada por conhecer outras formas de entender conteudos... Que valham a pena. Suspiro. Muralhas, sombras, esconderijos e pisadas secas... Olho e vejo, todo o cerco que fiz, com a história que lhes e me pertence, com toda a objectividade e abstractismo que lhe faz parte e me justifica. Estou aqui a olhar para trás e, falando em cronologia, sem pensar no futuro, porque agora me mete... medo. Um medo que não é classificado, um medo que apenas existe porque sou humana, e porque faz parte de mim chorar e me apetecer cair, mas sempre sem que me vejam. E isso é fácil, sózinha é fácil... Olho ao meu redor e sei dizer " carpe diem ". E sei as razões porque o digo. A todos os que gosto e a mim mesma. O Sol está cada vez com menos força, e em breve virão nuvens, entregues àquilo que quero ver nelas, e afogar na água das chuvas o que quero afastar e ao mesmo tempo ter, para que me sinta equilibrada. Carpe a equação em diem de pensamentos...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pensando no ser e não ser


Falo de sons e de vivências, cheiros e pisadas em sítios da imaginação. Ultimamente tenho tido uma sensação desconcertante de dejà vu que não sei de onde vem, em demasiados pormenores e situações. Assaltou-me um medo de ver algumas das paisagens e os detalhes rigorosos com que os meus flashes me sussurraram à mente, em questão de milésimos de segundo. Curioso. Algumas coisas parecem-me diferentes... Onde o dia encontra a noite, passa a vez da concretização, fica o amanhã com essa missão. Construo o muralhismo daquilo que me faz mal. E não olho para trás. Vejo o dia anoitecer e a noite a amanhecer com os mesmos olhos de um dejà vu que sei como vai acabar. Amanhã é outro dia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Meditar



Andei a pensar e porque pensei fiquei acidentada mentalmente. Atropelei-me. Delineei uma coisa e depois percebi que ela mesma se desintegrou sem me deixar interferir. Maldito sejas, destino, ou lá o nome que tens. Quando vou por aí e olhos as coisas, apercebo-me do quanto sou insignificante e sinto-me triste. O som do meu redor abre-me a consciência e ensurdece-me os pensamentos. A consciência esconde-se nos prados e eu perco-me sem saber se vou para aqui ou ali. Depois há aquelas situações em que tudo está perdido, mas passadas horas se reencontrou, ou se refez, e a relatividade surte o seu efeito nas coisas. Estou em segundos e em horas, em cima do chão e debaixo das nuvens. Não há sinais para o rumo. No fundo reside a escada. Abro os olhos para a encontrar, mas os óculos que uso para ver a vida clara ficaram na gaveta. Estou onde fiquei, neste patamar que seria o fim e que é o mesmo que o início. Vou e regresso. Regresso e vou. Volto ao mesmo sítio. É inútil, ando a vaguear,vou por aí, ouvir as pedras..." para depois pegar nelas e construír um castelo..."

Saco cheio


Sabem aquelas alturas em que só dá vontade de virar as costas a tudo? Pronto, nada mais a dizer.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Fernando Pessoa

Quem me conhece sabe o fascínio que tenho por Fernando Pessoa... Um homem que se dividia entre vários Pessoas, e que todos juntos eram ele mesmo na extrema perfeição em toda a sua imperfeição como homem, mas perfeito como poeta. Lembro-me de ser dos melhores momentos na disciplina de Português, estudar esta personagem, este homem, este fingidor, este multi-ser... cada palavra que leio dele é uma identidade sem-igual neste mundo dos que gostam de dar vida a letras. Fernando Pessoa, o homem que tanto se procurou, que tanto se perdeu, que tanto tentou e acabou por morrer sem saber como nem porquê, nem porque viveu. Mas deixou um legado de genialidade que me faz chorar e arrepiar em coisas que diz. Um homem que se guardou em si mesmo, mas que se revelava em tudo o que escrevia e que nunca foi encontrado nem por si mesmo. Quando escrevo penso nisso mesmo, no que me leva a escrever e no que o que escrevo revela sobre mim. Tenho esta inspiração. É um privilégio saber que nasci e vim parar a um mundo onde viveram pessoas assim, que nos fazem saber que a genialidade reside em muito mais que o nosso mundinho de um metro quadrado no universo. Obrigada Fernando Pessoa e a todos os que nos ensinaram na busca de uma Vida. Na busca dos nossos Sonhos.

"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
Fernando Pessoa

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dexter,à Quarta-feira, na Tv2, 22h40m




Alguém consegue resistir à série Dexter??? Eu não, estou completamente viciada e ligada a esta história de um serial killer que arrasta fãs para dentro daquele cérebro confuso e fascinante. Damos por nós a sofrer se ele fica em risco de ser apanhado. Não é, de todo, uma série comum, e faz pensar que no fundinho de nós temos algo bem "creepy" que não conhecemos ao certo. E faz-nos analisar a capacidade de manipulação e de organização mental que um ser humano pode ter e que é rotulado como psicopatia. Não vou perder um episódio que seja... Façam o mesmo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vazio de Plenitude



No vazio das coisas esvazio a minha alma. Caminho errante, elevo-me ao mais alto desapontamento das coisas. Não reconheço a cara das pessoas, nem a minha me parece ser eu. Passo à frente da luz tentando viver na sombra, quanto mais melhor, o que mais que possa, o sempre que em profunda vida sem razão se vislumbra em noite. Anjo perdido em metade. Sem as asas. Sem a mão. Sem o sorriso. Olhando o chão elevo o olhar. Vejo no chão o reflexo do céu, ambos sem que me queira ver a mim. Talvez seja o sonho a querer dizer-me que não existe mais. E eu sei que a força de acreditar é mais fraca que a de não acreditar. Derivo. " new wings are growing tonight... "... " is it a dream? Of the ones i have loved, calling out my name. The sun warms my face, all the days of my life, I see them passing me by... "

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A minha amiga mamã




Hoje era para ser um dia daqueles! Esta parte era desnecessária, pois estou mesmo a dizer que foi espectado mas frustrado. Uma amiga ia dar mais um tesouro à luz do mundo, mas o tesouro decidiu ficar no baú mais uns dias. Aproveito para te dizer o quanto estou feliz por ti e por esta aventura que é ser mãe. Aproveito também para dizer que te agradeço o que partilhaste comigo ao longo destes nove meses. És muito especial e sabes que quero o melhor para ti e para essa menina, que mesmo no quentinho da tua barriga, já sente o amor que tem para receber cá fora. Talvez só não tenha querido saír hoje porque dentro de ti está mais perto da tua alma... Já enviei o meu anjo para estar contigo no grande dia, ele hoje veio fazer-me queixa, porque havia trânsito no Céu, ( não te esqueças que lá também é Verão ), e para não chegar atrasado desrespeitou algumas regras para no final a menina dos teus olhos ter desistido. Mas o meu anjinho é lindo e não se importa nada de lá ir no Domingo para estar contigo e com o teu tesouro. Desejo-te as maiores felicidades e já sabes que vou meter impressão de tão colada que vou ser ao teu bebé. Muitos Parabéns! ( e só não digo o teu nome porque isto é um blog... mas apetecia-me muito ). Conta aqui avec a je, e saltando a lamechice, estarei sempre por perto... Sempre.

Verão, emigrantes,suor, praia e olhos a arder do protector



Que mania de ligar o aquecimento lá em cima!! Como odeio o sol... argh... pessoas que se passeiam a si e aos animais, chinelos,havaianas, sabrinas, calções e top´s... carros por tudo quanto é canto, estacionamentos que nem nos subterrâneos existem a pagar mil euros por segundo; a areia congestionada de gente a tostar, a almejar escaldões, a impedir de circular qualquer transeunte sem calcar alguém; latas e papéis ou pauzinhos de gelados por todo o lado, juntamente com a falta de civismo das pessoas que se atiram para o meio das estradas como se os carros não tivessem o direito de circular... O suor ( ou suir, como dizia a minha afilhada e eu andava aos trambolhões a rir ) que escorre por todos os lados com estas temperaturas malucas, que pelos vistos são vagas que vêm lá das Áfricas (costas largas as das Áfricas, porque está provado que o aquecimento é global ), e a correria desenfreada aos saldos porque a crise assim o obriga... Como diriam os franceses, que nesta altura abundam em todos os metros quadrados existentes, "pffffffffff, faz cuidado, hã?", até mete impressão... Vivam as gajas boas e os gajos bons que aliviam estas negatividades todas... mas odeio o Verão. Nada como um bom friozinho e trinta camisolas a exigirem um chá quentinho para aquecer os "tubos". Nada como ouvir a chuvinha a bater nos vidros enquanto se está no sofá enrolado num cobertor a ver um filme. Nada como saír à rua e não haver carros na estrada e estacionamentos à fartasana. Nada como ver o céu a chorar. Nada como se sentir normal e não ter instintos assassinos a toda a hora para chacinar tudo o que se mexe, em pleno Verão. Miss Winter... O edredon em vez de não se conseguir dormir por causa do calor, mosquitos, ou gente que grita nos parques. Quero que passem estes meses. Sinto que a minha paz se restabelece no Inverno. O Verão é demasiado confuso para mim. Que me perdoem os amantes desta estação, eu até respeito, mas não compreendo...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Esconderijos da Alma


Por muito que me esforce não sei o que encerram os momentos de esconderijo e a sensação de bem-estar ou mau-estar que eles nos trazem. Esconder uma conversa, um pensamento, um sonho, uma experiência... são os nossos telhados na vida. O medo da condenação, do dedo indicador e das palavras. Quando nos trariam a liberdade de assumir a alma. Nada de nuances. Mundo que é mundo será sempre assim. Pensamentos...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tempo e visão


Há muito tempo. Eu sei. De lá para cá algumas coisas são uma realidade turva e uma recuperação para os olhos de quem a quer ver. De alguma forma este é um símbolismo de mim, uma ameaça e um abrigo. Um ser sem perceber e uma árdua maneira de o dissimular, entre os caminhos de terra batida e as estradas alcatroadas onde toda a gente passa. Passa a brisa, e as coisas acalmam, as coisas que se conseguem ver. Suspiro... Não é um momento é uma eternidade. Salto os sítios que devo evitar, conduzo-me ao dever impávido de o fazer, sendo que que mesmo tapados por montanhas e evitados por 10mg de qualquer coisa, eles lá permanecem. Não há história para isto. Sigo um passo, olho para os pés e fico feliz ao vê-los caminhar. Mesmo não sabendo para onde eles vão. E agora é esperar. Alguém está sentado à espera que eu me levante de onde estou sentada, como no cinema, em contínuo respirar para ver o final do filme...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Tochas em Famalicão, na Casa das Artes



Bons olhos vos vejam nestas letras... Tenho visitado outras áreas de mim,daí a minha ausência do blogue. Quero comunicar a todos que esta sexta-feira vou ao quarto espectáculo do Pedro Tochas "work in progress " e aproveito para convidar toda a gente para comprar bilhete, ( se ainda houver ), porque vale mesmo a pena. Não ando muito inspirada, parece que quero fazer tudo mas não tenho vontade para nada. Talvez uma sessão de Tochas me faça bem ao espírito. Nada melhor que uma linda e apetecida garagalhada. E com o Tochas é mesmo muito fácil gargalhar... Sease the day, all of you...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ter-se presente que não se é o único na desgraça



Ok, título foleiro. Mas é verdadeiro. Tenho descoberto pessoas a padecer do mesmo que eu, que é basicamente um problema existencial, sem grandes maneiras de se saber como é que ele aparece. A essas pessoas eu quero dizer o seguinte ( isto também é para ti, Cá ): nunca se está só no meio da desgraça. E o mais mórbido é saber que isto nos traz algum conforto. Porque só essas pessoas sabem o que é uma dor de cabeça da forma depressiva, uma dor no dedo do pé de uma forma depressiva, um sorriso da forma depressiva, ou um berro na forma depressiva. Entre outros milhões de coisas. De repente tudo fica escuro, e parece que tudo se começa a distanciar de nós... O mundo parece ser composto por uma variedade de pessoas que, dentro de toda a sua normalidade se entendem e reagem. Mas nós não nos regemos por estas regras. E enfiámo-nos dentro de nós mesmos em busca de uma segurança mais que certa, mas distanciamo-nos de tudo o resto. Dentro de nós há sempre a possibilidade de escolha que criámos, que aos olhos de fora parecem estranhas, ou inconsequentes, ou mesmo sem nexo, mas para nós tudo faz sentido. Ao mesmo tempo nada faz. É quase como se poder dizer que é como estar-se só mas toda a gente que nos rodeia ( e que nos fazem imensa falta ) pensa que estamos muito bem acompanhados. Longe estão esses olhos da verdade, que é aquela que nos preenche, mas que também amaldiçoa. Aproveito para dizer que estes momentos são um desabafo. Nada transmitem a não ser uma desconexão, de todos e de ninguém, de tudo e de nada, mas que servem para mim, sei lá porquê... Aproveito também para dizer, que é importante dizer-se aquilo que se sente, como forma de buscar as coisas boas da vida, em vez de fazer buscas incessantes de perguntas para as quais nunca teremos resposta. Carpe diem... a todos os que o podem fazer, com a leveza de espírito que gostaria de ter...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Tributo a Anjos



Quero aproveitar o meu cantinho para prestar um tributo muito especial. E só vão perceber as pessoas a quem me dirijo. Obrigada,meu primeiro anjo, por tudo o que és para mim, pelos nossos momentos intensos e perenes. Porque me valorizas, porque me preenches, porque fazes as coisas terem sentido.Porque me deixas olhar mais longe e me apoias na longitude. Porque me dás tanto sem teres essa noção. Por me fazeres sentir viva. Obrigada, meu outro anjo, porque entre mundos e fundos te destacas e ficas permanente entre efemeridades. Porque me mostras a grandiosidade da amizade, entre memórias ou raios. És uma preciosidade sem que te dês conta. Obrigada, anjo feminino, porque contigo aprendi que o sótão é importante, mas muito mais que isso. Contigo aprendi, reaprendi e aprendo constantemente. Fazes parte de uma magia sem segredo algum, mas que é unicamente minha, por saber que posso contar contigo. És inteligente e fantástica. Obrigada, menina dos meus olhos, porque na inocente e frágil doçura do teu sorriso, me fazes sentir tão querida. És linda. Obrigada, meu confidente, cujas quatro paredes de um lugar me ouves e me captas, com a certeza que me podes fazer sentir melhor. Mesmo que as certezas não sejam certezas, fazes o improvável parecer possível. Acredito naquilo que fazes por mim. Obrigada a todos os outros anjos, que, mesmo sem destaque me fazem correr atrás de mim. Nada nem ninguém será capaz de transpôr este total e sentido sentimento de gratidão e muito mais que as palavras não definem. Obrigada, porque nesta vida tem que se agradecer. Obrigada, porque se amanhã morrer, morrerei com a certeza que eternizei em palavras uma minuscula parte daquilo que significais para mim. Obrigada, porque agradecer me faz sentir mais plena e menos vazia. Obrigada.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Dizer por dizer, quando não se sabe como dizer o que se pensa

O mundo é um lugar controverso. Com Evas e Adãos a comerem maçãs. Com Cains e Abeles a matarem-se mesmo sendo irmãos. Com o universo a conspirar contra as riquezas e pobrezas mal distribuidas. Com sol de manhã e chuva à tarde. Vidas... E puf... fez-se o chocapic! ( nada a ver, não liguem, nada a ver... )

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Curiosidade

Ora vamos cá copiar o meu seguidor taz e deixar aqui uma aventura cerebral para as pessoas que consultam este blog... Desde muito nova que faço esta porcaria e nunca encontro a solução, se a encontrarem, POR FAVOR, comuniquem-me, eu sei que ela existe, só que não consigo chegar a ela. Ajudem-me.

A B C


1 2 3

Vou ver se me explico bem : há 3 casinhas em cima com as letras A B e C. Em baixo mais três casitas,com os números 1 2 e 3. ( como em cima ).Agora,o número 1 tem que se ligar ao A ao B e ao C . O 2, a mesma coisa, tem que se ligar ao A ao B e ao C. E o número 3 igual, ao A ao B e ao C. Agora o problema é o seguinte, há uma regra, ao ligar, não podemos sobrepor nenhuma ligação.Peguem numa caneta e num papel e façam setas para não se perderem. Fácil??? Não... experimentem...

O after


Sim, estou em pó, mas viva. Hoje só posso dizer que estou mais bloqueada que ontem, se me perguntarem, eu não sei responder como me sinto nem o que sentir. Não sei como fazer para sentir o que quer que seja. Fiquei enquadrada num sub-mundo não existencial que me puxa como uma lei que não é a da gravidade. Vejo as grades apertarem, ora me apetece gritar, ora chorar, ora rir, porque nada disto faz sentido para mim, quando penso racionalmente. Estou na minha concha. Por agora por aqui quero ficar. Mais um dia, mais um fôlego. Estou insegura, mas certa de algo. Vejo-me ao longe, como se de mim não se tratasse, e sei...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Once more psico


Hoje vou a mais uma consulta de psicoterapia.Tenho que me preparar. Ouvir os sons de todos os pensamentos que tenho tido ao longo de tanto tempo e reproduzi-los em palavras não é, de todo, um simples bocejo de vida. Espero converter alguém a esta perseguição de alma, porque de facto, gosto de ouvir os pensamentos e alcançá-los com a intenção de me encontrar no meio da confusão... Quero beber as palavras como se elas me tirassem esta sede de me ver como realmente sou. Gostava de não apenas ser a mediadora do imediato, mas mais que o imediato é quando esse momento perdura. Para todo o sempre. Quero partilhar o melhor de mim, escondendo meu rosto por ter a certeza que o meu rosto nada diz e as palavras que transmito são os meus verdadeiros contributos para a minha existência. Procurem a sensação do indescritivelmente belo, no meio do improvável. Quero levar a pensar. Quero que procurem o perdido dentro de vós. Eis que me rendo entre todos os que me atingem e vivo no degolar de mim, mas assim me vou conhecendo. A viagem deste blog tem sido o universo. Um universo que só existe porque tem uma razão de ser. Mesmo que não seja conhecida, ajudem-me a fazer dela um caminho que escolhi para todo o sentido do que sou.Hoje vou dar mais um passo em direcção a mim, ao meu verdadeiro ser. Estou a ser procurada e entregue aos poucos a mim mesma. Obrigada por estarem aí...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Escuro



Só pelo prazer de escrever, aqui estou eu, com mais um post meio cheio meio vazio, meio sensato meio sem nexo, meio triste meio sorridente. Obrigada a todos que me têm visitado, é um de enorme gosto que partilho com todos os que já perderam algum tempo a ler coisas que nem sempre são as mais optimistas. Desculpem os desabafos algo estranhos, eu sou mesmo assim. No entanto, só aqui, nas letras é que me liberto. No dia-a-dia sou do mais normal que pode haver, adoro música, cinema, literatura, passeios. Mas quem me conhece um pouco melhor sabe que esta é a fachada que desde sempre criei com o intuito de me defender. Tenho algumas coisas camufladas, alguns segredos, se calhar sem importância nenhuma, mas que eu me reservo no direito de lhes dar importância. As coisas são a importância que lhes damos. Estou um bocado enjoada de mim, não sei como dizer isto sem parecer estúpido, mas é essa a verdade. Dou-vos um pouco de poesia, hoje não posso escrever mais, senão vou-me denegrir aqui mesmo, porque as minhas mãos hoje estão fechadas em punho em direcção a mim mesma.
Até...

"Poesia

Porque não queres os versos que te nascem
Como rebentos pelo tronco acima?
Porque não queres a inesperada rima
dos sentimentos?
Olha que a vida tem desses momentos
Que se articulam numa cadência, tão imprevista,
Que é uma conquista
da consciência
não ser um túnel de negação...
Brotam as folhas que são precisas
E outras folhas que o não são. "
Miguel Torga ( em cântico do Homem )

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Biblioteca,Vida e futebol

Biblioteca. Uma das maiores recordações de toda a minha adolescência e juventude. Talvez não pelo estudo em si, ( shame on me ), mais por ser um lugar calmo, onde todos têm que ter um certo respeito com quem está ao lado... Um lugar cheio de livros que podia ver sem ter que forçosamente ter a ver com a escola e sim em interesses pessoais, um lugar que me marcou porque passei dias a fio lá dentro a ver filmes... a ouvir música... a ler... Lá vi, com a idade de 17anos dois dos filmes que mais me marcaram para todo o sempre devido à fase da vida em que estava:" Dead poets society " ( O clube dos poetas mortos ) e " The exorcist " ( O exorcista ). O clube dos poetas mortos marcou-me passando, por aquilo que me transmite desde essa altura, a ser um dos meus filmes favoritos do top 3 da minha existência. O exorcista, valha-me Deus, deu-me cabo da cabeça e pesadelos durante um mês, e hoje, não entendo muito bem o efeito que esse filme tem em mim. Hoje acho-o uma foleirice de primeira instância, com efeitos especiais do piorzinho que pode existir, mas acho que percebo que tem a ver com valores e convicções minhas, algo que de certa forma me ajuda a perdoar aquela intensa actividade cerebral na altura que o vi. Tenho vindo cá frequentemente, isto faz-me bem, adoro este sossego que faz ouvir a chuva que lá fora cai em abundância. Faz-me sentir "teen" numa altura em que já passaram 11 anos da altura que vos estou a falar. 11 anos??!! Dito assim, fico ainda mais deprimida. A vida passa. O que tenho feito para deixar a minha marca no mundo? É uma pergunta que me devia fazer todos os dias. Ando a ver a bola... E por falar nisso, o Porto lá empatou em casa à custa de um penalty inventado, o que devia ser mau, se eu não fosse portista... Já dizia o outro, vezes sem parar, na entrevista à saída do jogo " il n´a pas de penaltty, il n´a pas de penalty!!!!!! " enraivecido até aos píncaros... Paciência :) Tal como a vida, o futebol não é justo... Azar... Algum dia haverá um benfiquista a dizer que o Porto mereceu uma vitória? Hum... não me parece... :) Mas caros amigos, companheiros e camaradas desta vida, encarem o futebol sem extremismos, senão qualquer dia haverá ataques bombistas no estádio do dragão por algum membro da claque dos no name boys... Calma... :) estou só a brincar...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ser sem existir

Hoje apetece-me parecer mais estável, o que me dará alguma credibilidade. Algo mais banal. Algo mais igual a qualquer outra pessoa. O problema consiste no seguinte: para ser isto tenho que fingir. Alguém me ouve? Sounds like peace crying quietly but all lound and clear. Sento-me e observo. Nada mais banal. Olho mas não vejo. Nada mais banal. Oiço o barulho de fundo de um lugar público como se já fizesse parte dele. É a música dele. Mas não oiço. Não vale a pena. Ser banal exige estar desconcentrado e não ver o que está perante os olhos, exige estar a ouvir sem escutar, a percorrer caminhos sem preceber que se faz quilómetros para chegar a algum lado, e eu... NÃO CONSIGO SER ASSIM! Alguém me ouve? Is somebody out there?... O mundo gira e eu não páro de pensar nas voltas que já dei. Fico-me por cá...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Viver ou morrer


Há alturas que sonho que estou a morrer. Ou então eu confundo-me e só nos sonhos realmente vivo e acordo percebendo que estou morta. Gostava de respirar um pouco os meus sonhos sentindo-me capaz de... ser quem não sou. Equilibro-me em cima do abismo, que, sendo quem me engole, também não tem fim. E eu vivo assim, sempre a cair, mas sempre sem atingir o fundo nem elevar-me à superfície.Pelo meio surgem os lapsos de coragem e agarro-me a qualquer coisa. Mas logo vem algo a seguir que me tira a substancialidade. São gritos que escondo, são fios que se enroscam no meu pescoço, são manias de me tentar enganar mantendo uma aparente ligeireza. Não mais sou que nada nesta vida, camuflada por entre aqueles que brilham e iluminam com esplendor. Sinto-me uma fénix sem fogo. Sou um pedaço de tudo o que existe sem pretensão de existir. Hoje estou sem forças. Sinto que não estou aqui. Sinto as cores a desaparecerem, sinto o ar a desvanecer-se, sinto o chão a ser parte de mim. Serei estrada sem fim? Serei caminho de terra batida? Sê-lo-ei para ser pisada e outros em mim encontrarem a finalidade de ter aonde ir e aonde chegar? Serei a magia de um ser que desaparece face aos outros? Sinto a paisagem fazer parte de outro além, e eu aqui, sem saber como nem porquê, aquecida neste manto de isolamento, amada por este sem-fim-desdém de mim... Ai que dor tão aprendida como inata! Quem me busca? Sinto uma presença, ao de leve esquecida por entre montanhas da minha imaginação. Estendo-lhe a mão? Quero e não quero. Porque a mão quer puxar-me e eu quero ficar neste à parte de tudo. Pensarei em ver-me aqui e além, no meio e no fim, à partida e à chegada, mas não sei quando. Esperarei pelo meu regresso até onde chegar e de onde parti sem saber que parti. Estou aqui... mas já saí...

Twilight

Twilight, ou "Crepúsculo" traduzido para Português no cinema, arrisca-se a ser um dos meus filmes favoritos dos últimos tempos. Baseado num best seller de Stephenie Meyer, está a atingir recordes de vendas e a fazer sonhar. Aconselho o filme a todos os que detestam aquelas histórias "cliché" de vampiros a que já nos habituaram nas salas de cinema. Não tem nada a ver com elas. É um filme criativo e Bella e Edward, os protagonistas, estão fantásticos a contracenar juntos. Apesar de ser considerado " teen ", não o considero menos espectacular que outros que não são considerados desta forma, e a própria leitura dos livros é completamente viciante e extasiante.Uma verdadeira pérola do cinema e da literatura. Digo eu, que de crítica não tenho nada, mas que se trata de áreas que me despertam particular interesse. Deixo-vos o trailler... Enjoy it!

Who am I?

This is my land of nowhere : my thoughts, my dreams, my being underneath my normal life. No one can see who I am, because I hide myself. I fly through my mind, with crazy feelings inside, and I feel OK with it, I identify myself with it. Maybe this sounds a little harmfull, but not to me. I have tried so hard to be someone else and then, one day, I realized myself that I should no longer be that person I´ve created. Now I feel emptiness, I am emptiness. The world I know is like a river, but I do not belong to this river. I´m possibly watching it go...That´s how I feel.. Free me from this no longer me!! Who am I? I follow the signs, I reach the gates, but I can not survive knowing that I´m dying without the knowledge of myself i shoul have been.
I cry! I suffer! I feel! I have blood in my vains! So, I live. But I´m so fragil! I need help. And I´m being helped. But I think that, deeply inside, that I am with such darkness that no light can enter. Although... I´m faithful. I believe in angels. My angel gards me, as if I am a treasure, and because of Him, I smille. And now, I´m reaching other things with prfessional help. I believe in me, but mostly on those who are being my angels all the time, they keep me alive. THANK YOU, MY ANGELS OF LIFE, and you know who all of you are. THANKS, deeply...

Gargalhar

Tenho que vos falar do Pedro Tochas. A maioria de vocês já o conhece, pelo menos dos anúncios da frize, mas ele é muito mais que isso. Já assisti a três dos muitos espectáculos dele, e o último que vi foi o " já tenho idade para ter juízo ". É incrível como ele consegue manter as pessoas fiéis, tem um público alvo que o preenche e eles correspondem na íntegra aos intentos dele. Ele é, não só um artista em todas as formas que se pode apreciar, mas também aquela pessoa que tem tudo, que é um misto de criatividade, talento ,espectacularidade e com uma componente humana que ultrapassa a de qualquer comediante que conheço. Desde stand up, a técnicas circences, a mimo, a palhaço em espectáculos de rua para pessoas que não têm oportunidade de o ver em outros locais onde são cobrados, o Tochas surpreende-nos sempre. Uma verdadeira maravilha nacional e que nos enche de um orgulho perene, ao projectar pelo mundo fora os espectáculos que lhe têm valido prémios, nomeadamente o do "palhaço escultor ", que ainda não tive oportunidade de ver. Rir faz muito bem, é uma terapia, obrigada, Tochas, porque no teu espectáculo " maiores de 18 " eu rebolei de tanto rir, pensei que não ia sobrar nada de mim para contar a história e que me iam secar eternamente todas as lágrimas. Obrigada, Tochas, porque mostras o bom lado da vida, por entre piadas vais dando a tua percepção de coisas muito importantes. E obrigada por existires, porque é por pessoas como tu que o mundo é muito mais que um telejornal de horrores. Continua a fazer sorrir e a talvez, quem sabe, mudar mentalidades. Apreciem um pouco deste talento. Espero que gostem.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Within Temptation



Deixo-vos com um pouquinho de sons. Eu também sou som, não apenas letras, e sou também imagens... Na verdade sou como todos, um pouquinho de tudo. Não é que só goste deste grupo, mas identifico-me com ele, sons góticos, ambiente bucólico, expressões de dentro da irracionlidade. Espero dar-vos um pouquinho de nada do tanto que vos quero dar neste blogue.

Dias e noites



Há quem prefira o dia, eu prefiro a noite. Há quem prefira o Verão, eu prefiro o Inverno. Porquê? Não sei, ou talvez saiba. Onde tudo me parece igual eu busco a diferença. Sou assim, não sei dizer porque sou, se é que há razão. Olho a lua, gasto passos em direcção ao escuro porque nele há algo que me atrai, se calhar por perceber que quase todos fogem do escuro e daquilo que desconhecem. Passo os meus dias. Insisto em dividir-me com o que sou e o que não sou, teimo em equilibrar-me naquilo que existe só para me deixar em desequilíbrio. Ando em círculos, guardo um poder de não dar nada de mim fazendo pensar que dou tudo o que sou. Nada neste ser que na vida jaz é capaz de se dar a extrema unção e deixá-lo ir... Há uma enorme contradição, ora vivo ora morro, a vida tem essas duas facetas. Há também aquela que me mantém em estado de coma, mas sempre a sorrir. Seguindo a corda que me irá enforcar, eu forço-me a deixar-me ir, mesmo não sabendo o que me vai acontecer, porque a corda não está ali para me enforcar. Tudo se trata de pontos de vista. A corda está ali para me tirar do fundo do poço. E eu quero! Mesmo! Mas o tempo mostrou-me que eu já não sei ser o contexto que todos procuram. Posso e sei contornar essa imagem, mas o meu Eu não deixa de me hologramar aquilo que quero esconder lá dentro. Vou caminhando, sob pegadas já feitas para não me perder da direcção certa. Neste oxigénio salgado, eu desejo respirar o Além e expirar o que me sufoca sem dar nas vistas, fazendo-me uma arritmia que me deixa paralisada e a tremer. Olho em frente, na vastidão de paredes infinitas de água que mesmo espalhada, está presa. Olho em frente, no dever de me ver naquela linha lá ao fundo... mas a linha é como eu, está longe, sempre longe, mesmo que tentemos aproximar-nos dela. Sigo novamente as pegadas. Personifico os meus pensamentos em vontade de correr de braços abertos à vida. Estou certa que vou na direcção certa. Caio então, sem forças, de costas e olhos no céu e a mesma mensagem que me escrevem as nuvens, é a mesma que me faz caírem lágrimas tímidas pelo rosto cansado de tanto repousar. Abro os olhos... são sonhos. São maneiras de me libertar. E os sonhos fazem parte da minha vida. Um sonho é um sorriso que, ainda mais timidamente que as lágrimas, me sai e faz milagres. Suspiro e levanto a cabeça. Mais um dia. Mais um passo. Alguém me acompanha, além de o saber, sinto. Sempre...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Evasão


Hoje vou dizer-vos o porquê de tanta filosofia... Estou a passar por uma depressão, estou em processo de psicoterapia e aumenta em grande escala tudo o que já naturalmente sou. Ou seja, uma evasiva. Partilho convosco esta imagem que frequentemente me assalta a minha densidade mental que é muito particular... Eu e o meu outro Eu, sentados numa margem de um lago, a olhar cisnes a passar e figos a boiar na água. Pois, imagino o que vos vai na cabeça, é uma imagem algo suspeita de quem fuma aquelas coisas que aquele bicho fumava antes da Alice entrar para o país das maravilhas... ou então o que Fernando Pessoa declarou sem medo que fumava. O que é curioso é que eu nem fumo... E não preciso, para ter imaginação fértil. Se algum dia vos apetecer partilhar uma experiência depressiva, força, conto convosco... Mas avançando, sinto que essa imagem me provoca sensações contraditórias, ora um extremo conforto, ora um extremo vazio. Alguém me explica porque sou tão motor de busca? Procuro respostas, procuro razões, procuro o escuro e procuro o que me envolve, incluindo a minha pessoa errante. Imagino-me a levitar sob um campo verde, onde a minha serenidade respira Zen... mas pareço morta. " Anda, meu anjo, vamos sair deste sítio, tu não estás bem aqui, assim, morta... ", há uma voz que se reproduz dentro do meu cérebro. Ainda não entendi se para me salvar ou, ainda mais, confundir. Imagino-me em cima de uma nuvem ( tipo o Songoku, do dragon ball ), aos gritos e a chorar sem saber porquê, e oiço novamente a voz " Anda, meu anjo, tu não estás bem aqui, assim, em sofrimento ." E então penso... se me sinto em serenidade a levitar ou em cima de uma nuvem a berrar, confesso que não entendo a vozinha a sussurrar. Acho que estou bem no fundo da minha existência, ninguém é capaz de me achar e eu corro na minha direcção para não me sentir só, mas é assim que quero ficar. Eu e o meu Eu. Vem até mim, engole-me e liberta-me, evade-me e não me deixes aqui. Quero saber! Vou devagar... Carrego em mim este passo, um frente ao outro, como um novo caminhar. Vou reaprender a andar. E ser quem escondo, por vergonha ou ignorância. Evado-me para dentro de mim... hei-de descobrir cisnes e figos, levitações e berros, sem me parecer estranho. Estou pronta.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Início


O início é sempre complicado... Dar voz aos pensamentos e traduzi-los em palavras não é fácil nem lógico... O que proponho neste pequeno cantinho chamado blogue, é que me ajudem a encontrar-me no meio destes meus bocejos de vida, no meio de pensamentos retóricos, no meio de um universo que não existe se não for imaginado e encontrado com o poder de criar. Busquem a teia de aranha que vos impede de chegar àquilo que mais vale, a alma. Ajudem-me a partilhar a dor de não ver a minha teia de aranha... Gostaria de poder voar por cima dela, ou rasgá-la, mas apenas me assisto a tentar emaranhar-me nela, sem nem sequer saber onde está, e onde estou precisamente acorrentada. Quero partilhar convosco uma experiência que é o encontro comigo. Penso,penso e penso, e não me vejo, não me encontro. Revejo-me em vozes, em cores e em afectos, mas não me percebo nesta improbabilidade que se faz sentir, pairar, engolir e existir-me. Quero a minha alma!!!! Há anos que ando perdida. Desde sempre. Nunca pensei em mim e nem para além de mim. Acho que nem existo, mas sei que estou aqui, mas sem saber mais nada. Quero dizer-vos o quanto sou frágil comigo, o quanto me quero dar a mão e, pelo meu pé, caminhar. Lição número um da minha primeira sessão de psicoterapia: Busca bem lá dentro o que te dói na alma. O que te retira as asas. O que te tinge de sangue os sonhos. O que te manda seres tudo menos tu. Agarra-te. Vai ser uma viagem de berros. Quero que me ajudes a que eu exista.