sexta-feira, 1 de julho de 2011

Se de facto há amizade virtual..

... preciso dela. Felizmente tenho um blogue, felizmente é anónimo, felizmente que só duas ou três pessoas sabem quem eu sou, senão nunca exporia isto assim. Preciso de visões exteriores, neutras, ao que me está a contecer, porque a minha envolvência natural não me permite ver as coisas com clareza. Como se reage ao desaparecimento voluntário de um irmão? E como se acalma uma mãe em desespero? Tendo como premissa que este irmão é meu, e esta mãe é minha... ajudem-me...

37 comentários:

  1. Esta é uma situação muito complicada!
    Dark, poderia colocar aqui todas as palavras do mundo, mas nenhuma delas seria suficiente para acalmar o desespero que a tua mãe deverá estar a sentir... não imagino se isso me acontecesse com a minha filha.
    Mas se ele foi embora de certo terá alguma razão muito forte para o ter feito, embora aos vossos olhos parecça totalmente imcompreensivel, insuficiente, totalmente desajustada, mas para ele essa razão será a que bastou para cometer esse acto. Espero que no bom senso que todo o ser humano contém, ele pelo menos dê um sinal de vida, para vos acalmar as almas.

    E que tudo corra da melhor forma
    Força!

    Beijo e abraço apertado

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  2. Só agora alcancei...

    Sorry:)

    Tens razão em relação ao mundo virtual. Pode ser mal usado mas também tens vantagens.

    Lamento não te poder ajudar. Sei o que é perder. Mas ninguém sabe o que eu senti.

    Fica o lugar comum: esperar, tentar e dar tempo ao tempo. Há coisas que só o tempo resolve. Nem sem bem, mas resolve:)

    Já não estava muito bem, puseste-me pior. Mas fazes bem em partilhar.

    Do resto, lamento mesmo nada poder fazer. Não duvides:)

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  3. Não há atitudes correctas. É fazer o que o coração manda.

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  4. O QUE NOS FAZ AINDA PIOR É SABER QUE ELE ESTÁ DOENTE...

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  5. Moi,
    Os motivos são apenas ausência para "clarificar" ideias. Eu juro que o compreendo e respeito. A questão está na minha mãe, que não tenho adjectivo para a descrever.
    E liga-me, em pranto, como se eu tivesse respostas... quem me dera tê-las.
    Obrigada pela força...

    M.,
    Se sabes a dor da perda, percebes... infelizmente este ano tem sido infernal para mim, e por muito que esteja a lidar com tudo, dou por mim sem sono, com a cabeça sempre a pensar em tudo e mais alguma coisa... a tentar encontrar soluções, a tentar controlar os estragos... mas não está fácil. Confesso que não, não estou nada bem. Não sei como lidar com isto... o facto de estares aqui a dar-me força já é fazer algo por mim. Agradeço-te, do fundo.

    HELENA,
    O meu coração neste momento não diz grande coisa, aliás, prefiro-o calmo, coisa que ele não está. Estou agoniada, queria só poder acalmá-lo e dizer que estou aqui... ele sabe disso, mas no momento, não é totalmente ele que está ali... e é isso o que me deixa assim.
    Obrigada...

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  6. Hà um provérbio francês que diz "por vezes temos de caìr no buraco para saber o quanto ele é profundo"
    O teu irmão està nesse buraco,a procura de respostas.
    E penso que a tu mãe também là caìu,sem nessecidade alguma,daì a sua "impaciência".
    Acredito que sofras,mas também acredito que não està nas tuas mãos fazer algo com respeito a tua mãe,se não tentar acalma-la .
    Penso que apenas o teu irmão tem o "remédio" pra tua mãe.
    Quanto a ti,penso que està na hora de pegares num livro e ires até ao Gerês ;)
    Isto é apenas aquilo que penso,espero não prejudicar.

    Bjs e um optimo fds .

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  7. A solução é tornar mais profundo o olhar, de modo que caiba o fato todo no entendimento, pois há, certamente, razões no passo daquele que nos apresenta o desvio.
    A história de cada indivíduo, por mais ancorada que esteja no tempo e no espaço, deve ser compreendida dentro de uma lógica própria, singular. Pessoas não têm números de série, não seguem modelos, escapam de nossas cercas, e vivem.
    Não é simples, sabemos; o desvio é o desconhecido, tem medidas intransponíveis; mas essa desvio é caminho de alguém, é real.

    Que não falte, pois, aos envolvidos, discernimento, prudência, compaixão.

    E depois disso só o tempo, com cobertores para as lacunas que restarem.

    Bjs.

    Ricardo

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  8. LIVE,
    Obrigada. Tens parcialmente razão. A minha mãe caiu nesse poço não só por ele, a nossa história é algo complicada. Não importa também. Sei que o meu papel é acalmá-la, como filha, e como elemento mais capaz de racionalizar, apesar de também eu não estar tão capaz disso, devido àquilo que este meu irmão representa na minha vida. Hei-de conseguir dar a volta a isto, sem livro, sem Gerês, senão aí é que não teria capacidade para prosseguir nos dias... com a consciência. Entendo o que me dizes: distanciamento não me faria mal. Mas acredita que o distanciamento nesta altura consumir-me-ia de forma inigualável. Estou demasiado envolvida...
    Reconheço a minha fraqueza, mas é porque os amo demais.
    Beijinho, bfs*

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  9. é fazer o que você pode fazer, neste momento: estar junto de sua mãe ... força ai!

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  10. Ricardo,

    Obrigada pelo ângulo tão bem definido. É certo que todos nos regemos por alguns parâmetros, mais ainda desejamos que certas pessoas se rejam pelos mesmos... porque lhes desejamos bem. Cada um tem a sua realidade e cada um a busca, idependentemente dos tais parâmetros, que se vão alterando naturalmente. Infelizmente, ( e a minha maior insegurança reside aí), ele não está bem de saúde, e os pensamentos, atitudes e circunstâncias estão alteradas por mg de medicação e dúvidas que não sanam. Compreendo e respeito o seu espaço e confio. Só tenho medo porque sei que não está no seu estado natural, e, naturalmente poderá fazer algo que nunca faria se estivesse bem. Só me resta esperar. RESPEITO tudo. Quero que ele seja feliz. Só não quero que lhe aconteça nada... senão não vou saber lidar com isso.

    Beijos, bfs.

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  11. Curiosa,
    Não tenho feito outra coisa... e felizmente que a consigo acalmar. O meu coração está desassossegado... por isso é que postei aqui, porque estes coments ajudam-me a relativizar e racionalizar a situação...
    Muito obrigada...
    Um bom fim-de-semana*

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  12. Só para dar um abraço:)


    E lembra que quando alguém parte..e porque alguém fica:) (eu sei à la Paulo Coelho mas é só para tentar um sorriso teu:)

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  13. M.,
    Um abraço nestas alturas é aquilo que preciso.
    Obrigada. Uma vez mais.
    E mesmo sem vontade, aqui fica o meu :)
    BJ

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  14. Recebido com vontade para ...dois:)


    Como reforço: outro:)

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  15. M.,
    E depois hás-de explicar-me o que se passou contigo...
    Abraço :)

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  16. Entendo que seja dificil consolar a tua mãe... talvez o elo mais fraco.

    De qualquer forma, e já nem tendo palavras, deixo um beijo grande e um abraço :)

    Força! Tudo se há-de resolver

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  17. Moi,
    Obrigada pela força, de coração. É o que estou a precisar. Os abraços são aquilo que mais preciso, ainda que virtuais, têm uma força incrível....

    Beijo carinhoso e agradecido**

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  18. Sei o que é a perda! Sei que nestes momentos não adianta dizer: já passei por isso.
    De qualquer forma, permito-me chamar a atenção para ver como a tua mãe "faz o luto". Isto é:
    senão entra em "estado depressivo". neste caso a melhor ajuda é a de um profissional.
    Abraço

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  19. Que situação... Não sei o que dizer porque acredito que cada caso é um caso e não há uma formula mágica que resolva todos! Têm que ser vocês e ele a encontrar uma solução... Acredito que talvez o mais importante, seja ele saber que tem as portas abertas, sem recriminações, assim que quiser voltar.

    Um grande, grande abraço.

    Beijinho

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  20. Felizmente que sou uma das poucas pessoas que te conhece! Ainda assim apetece-me bater-te. Dizias-me tu, no outro dia, que 'vias' tudo com o maior realismo possível!!!!

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  21. Vera,
    Ele sabe que pode voltar. Ele não quer, devido a pressões. As portas abertas que ele precisa estão fechadas... que são algumas que ele tem interiormente...
    Obrigada por me teres vindo deixar palavras de conforto. É isto o que me tem organizado a cabeça.
    Boa semana*

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  22. Álvaro Lins,

    O "luto" que ela está a fazer já é com uma profissional... eu. (LOL), isto porque, sendo ela depressiva crónica, nunca se deixou ajudar por ninguém, embora tenha sido seguida por um profissional a sério, durante um tempo. Isto porque a convencemos sei lá como. Mas nunca mais sequer deu espaço para falarmos sobre lá regressar. Só se quer curar quem de facto sente que está doente... percebes?
    Vou aguentar isto até onde puder, com a sanidade que puder, com a neutralidade que conseguir. Aqui, PORQUE POSSO, eu mostro o meu EU dilacerado. No meio da confusão até eu me espanto, como consigo clarificar a amenizar as coisas...
    Obrigada... Bj*

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  23. Tani,

    E vejo!! Se te apetece bater-me, és uma pessoa horrível, tá bem?? Eu preciso é de mimos... muitos mimos... Sabes que estou a acompanhar isto em primeiro plano, com telefonemas e conversas, com vontades e uma verdadeira e desgraçada sensação de que não sei mais o que fazer. Além disso, já te confessei, este meu irmão é uma peça fundamental da minha vida, não sei, por muito que queira, ser totalmente neutra. Agora, realista sou. Sei ver que a minha mãe está a ir ao fundo a cada minuto. Sei ver o quanto a filha precisa dele. Sei ver que eu própria preciso que haja uma solução definitiva no meio disto tudo senão todos vamos fritar os miolos. Curioso, se isto acontecesse aqui há uns tempos, eu já tinha definhado. A esta altura, sinto-me a força que os segura. E assim vou permanecer perante eles, nem que isso acabe comigo. Eu depois conserto-me... com os teus beijinhos, por exemplo :)
    Não te preocupes, eu vou conseguir levar isto a bom porto, acho que já esteve mais longe... faz amanhã uma semana que este sufoco começou... a ver vamos. Obrigada, amiga...
    Beijinhos dos fundo meu coração

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  24. Lendo os comentários...Vejo que estás a caminhar:)

    Abraço:)

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  25. M.,
    Sim... já esteve pior. Mas sabes? O faz-de-conta é terrível Fod@asse para o faz--de-conta. Parece-me que vai voltar ao normal, mas... vai ficar igual. O que me dá a certeza que vai acontecer outra vez. Nojo de vida. Nojo de existência. Put@ que pariu isto tudo. Desculpa.

    Obrigada pelo abraço. Mesmo.

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  26. Ola voltei...e deparo me com uma situação dificil...mas conheces a historia do filho pródigo???resumindo...no final volta para casa...:)é assim que tens que animar te e animar a tua mãe:)
    Beijo d'anjo

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  27. Por vezes a vida torna-se tão complicada que perdemos toda a noção do correcto e errado!
    Espero que tudo se resolva da melhor forma, e que a tua familia encontre paz e clareza no caminho!
    Como não sei ao certo o que se passa/passou, deixo apenas estas palavras.
    Caso entendas que precisas de algo de minha parte... basta dizeres :)
    Um beijito.

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  28. Sonho,
    Não é suposto que ele volte para casa (no meu entender), se não for isso aquilo que o faz feliz. Apenas espero, e somente isso mesmo, que não faça nada de que se possa arrepender mais tarde. Ele está perdido em si mesmo. Precisa de tempo e espaço para se reencontrar. Pressioná-lo para voltar não é o caminho. Já falei com ele e sinto-me perdida também, porque sei o quanto ele precisa de ajuda, e não está a ser apoiado. Sabes, há um milhão de razões para julgar actos e pessoas, mas poucas são as pessoas que percebem que há razões para se agir de determinada maneira. Só não quero que, nesta opção de estar longe, acabe a fazer algo que o prejudique. Só isso. O resto eu entendo. E quero tanta felicidade paa ele como para mim própria.
    Obrigada pelas palavras.
    Um beijo imenso*

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  29. Secreta:
    O certo e o errado são definições que cabem nas nossas vidas como linhas orientadoras, mas não quer dizer que sejam as correctas, por isso dou-te razão. Não está fácil; eu deixo os dias passarem na esperança que tudo se resolva. O tempo resolve algumas coisas e atenua outras. Deposito no tempo a minha fé, já que no resto... está complicado.
    Obrigada pela disponibilidade e pelo carinho que denoto nas tuas palavras.
    Um beijo grande*

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  30. Há muita força transmitida só com um abraço pois as palavras neste momento não são nada.

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  31. Corina,
    As palavras neste momento só me servem para relativizar... como disse, estou demasiado emvolvida para pensar com clareza... Os abraços que tenho recebido têm sido muito especiais para mim. Sinto que deles retiro a força que não tenho. Curiosamente ando a evitar alguns abraços mais perto de mim, físicos, apertados... porque não sei muito bem ainda falar sobre o assunto. Escrever é mais fácil, e ninguém sabe como estou verdadeiramente, e por aqui ninguém vê o meu fosso.
    Obrigada, nunca te vi por aqui e tive a sorte que me viesses dar palavras de conforto nesta ocasião...
    Agradeço-te... que é uma coisa que sei fazer muito bem na minha vida.
    Beijo grande**

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  32. Apenas nunca tinha comentado... mas agora era imperativo o fazer. Porque lido muito com pessoas que perdem os que lhes são mais queridos e eu própria também perdi pessoas que me eram muito importantes. E sei que quando estamos a cair em queda livre dessa maneira, precisamos é que alguém nos agarre, que nos dê calor humano e carinho, muito carinho! Porque neste momento as palavras entram a 100 e saiem a 1000.

    Não tens nada que agradecer.

    Beijinhos*

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  33. Corina,
    CLARO que tenho que agradecer!! Mesmo que não o precises, preciso eu! Estes gestos são de grandes pessoas... e a ajuda quer-se quando se dela se precisa, é nesses momentos. Todos os outros são dispensáveis...

    Beijo grato*

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  34. Não te acanhes...Se precisares de dizer palavrões podes faze-lo...lol


    Abraço:)

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  35. M.,
    Acredita que não é de mim. Mas há um estudo que diz que quem não diz palavrões regularmente, se o faz, dá uma sensação de prazer. É incrível a camada de estudos que se faz hoje em dia, calculo que as revistas cor-de-rosa estejam a dar emprego a muita gente criativa. Ai, não me ligues... também há estudos que dizem que os signos influenciam a maneira de conduzir... e pior estou eu, que leio estas coisas... estou é a bater muito mal... não me ligues...

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  36. Infelizmente não sei mesmo como ajudar. são situações demasiado difíceis de ultrapassar. Talvez com o tempo a dor fique mais suave mas não é fácil. é mesmo algo que não consigo imaginar o que sentes, é uma dor horrivel que nos trespassa por dentro e que não há forma de parar. Felizmente nunca perdi um irmão mas já perdi 2 pessoas muito importantes na minha vida e nunca deixou de doer e já lá vão uns bons anos. Se precisares de desabafar, silvylima21@hotmail.com. Sou boa ouvinte mas não consigo dizer que o amanhã será mais fácil porque tenho a certeza que não o será mas espero que um dia o seja. Força, não te acanhes e procura-me. Beijinhos

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  37. a Gaja,
    Agradeço... não tenho muito jeito para emails, mas a verdade é que tenho uma grande amizade criada dessa forma. Obrigada pela disponibilidade. Abraço sentido*

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Vá, enriquece-me com a tua sabedoria :)