segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Introspecção


Demasiada confusão e barulho onde me preciso calma e serena. Procuro a pequena e ténue luzinha que me leva ao conceito de profundidade e lucidez, para dissociar o que se passa a vida a juntar. Nas torres gigantes que se erguem todos os dias ao redor do meu pensamento, eu estou sentada comigo, e absorvo em dobro o que em suma não chega à luz, que mesmo lá no alto, cai cá em baixo, como se fosse a dona de si. Não sei estar de outra forma, agora que estou aqui. Sem que a luz me viva, eu vivo na luz, mas na que me vê sair de mim para chegar junto das coisas da forma melhor. Encanto-me assim, mesmo que não seja igual àquilo que é igual em todo o lado.

As batalhas sem fim são estas e eternas. As coisas não têm que ser apreendidas, quanto mais se buscam mais arrastam, e no enfim sós, aproveitam-se da versatilidade das coisas na vida.

São vagos os pensamentos. A vida está ali... à frente... sempre um passo à frente. Na espectacularidade e na teia dos enganos.

Será o pensamento o fruto daquilo que somos?

11 comentários:

  1. Ui man, essa tua ultima pergunta dá pano para mangas e levanta ainda mais questões: Será aquilo que somos fruto do nosso pensamento? Será o nosso eu influenciado pelo ambiente à nossa volta?. E por aí adiante, acabando na mais importante das questões....What is the Matrix?

    ResponderEliminar
  2. Boa refexão, saio tudo da tua cabeça, ou inspiraste-te em algum sítio?

    ResponderEliminar
  3. João,

    Tudo o que está redigido neste blogue sai da minha cabeça, nada é copiado. A inspiração vem da minha interpretação da coisas e da vida, às vezes nem parece ter muita lógica, mas é apenas a minha lógica...
    Eu gosto de escrever... às vezes não preciso de ter motivo, ou inspiração, basta apetecer-me... Obrigada pela visita ! ;)

    ResponderEliminar
  4. Eu não me pergunto se há ou não vida lá "fora", já que é altamente improvável não encontrar um unico planeta em todo o universo em que não coabitem pelo menos formas de vida como a nossa...
    Não sei se todas as experiências serão "alucinações" propriamente ditas...mas claro que há muitas faces escondidas nesta temática...
    Eu acho que nem é tanto saber se há ou não vida, mas gostar de a conhecer, querer descobri-la. De facto, se tivesse um desejo para realizar seria esse mesmo!
    Quanto ao meu último parágrafo, não é uma pergunta de treta (óbvio), apenas foi uma espécie de desabafo pessoal. por alguma razão escrevi entre aspas.

    Um aparte: eu sou uma pessoa que actua, fala, escreve, age conforme a disposição...e os teus textos metem-me realmente com uma "mood" boa para tentar "dilaçerar" as perguntas da vida! Merece o prémio

    ResponderEliminar
  5. Amiga querida Anjel,

    Os pensamentos nos falsificam. De verdade somos sempre o aqui/agora – o atemporal. Mas os pensamentos fazem cada um crer que, cada um é aquele do passado ou alguém no futuro – porque pensamentos são temporais.

    Pensar assim, de acordo com os pensamentos, é estar em escuridão sempre. Descobrir que você é este do aqui e agora, é iluminação. Tudo está fluindo do aqui/agora, só ele é a realidade.

    Beijos do amigo,

    Edson Carmo

    ResponderEliminar
  6. Ernesto,
    Obrigada pela simpatia. Relativamente ao teu tema, as alucinações de que te falei são muito complexas, e estão relacionadas com paralisia de sono que atinge cerca de 30% da população mundial, da qual 5% também é vítima de alucinações visuais, tácteis e auditivas. O ser humano tem que procurar explicação para o sucedido, e muitas vezes explica-o com imagens retidas no cérebro associadas às mais variadas situações, extraterrestres, vampiros, ladrões, fantasmas... Afirmado por Nietzsche " há os que desejam saber e os que preferem crer ". Neste campo eu prefiro saber.

    ResponderEliminar
  7. Amigo Edson,
    de facto tem muita lógica aquilo que diz. Ás vezes os pensamentos confundem-nos. Levam-nos a filosofias intermináveis e perguntas insaciáveis.
    O aqui\agora parece ser um grande desafio nos dias que correm. Pensamos sempre naquilo que nos motivou até hoje, as coisas boas e más que nos fizeram chegar até aqui e ser quem somos. E trabalhamos para construir o futuro, com todas as forças que temos ao nosso dispor. Não é que isto seja errado, mas descentra-nos do presente, do aqui\agora, que é a dádiva que temos e nem percebemos, Presente, oferta. Seria importante a análise diária de nós mesmos, para perceber o que vale a pena, e não apenas deixar passar os dias conforme a rotina. Estamos muito mecanizados, era importante pensarmos um pouco mais como pessoas.
    Obrigada pela visita, um beijo Edson! :)

    ResponderEliminar
  8. acho que o "crer" é impor-nos no esconderijo, "saber" é expor-nos à luz da novidade...
    Creio na vida "lá fora", queria era saber que tipo de vida existe. Não sei é possível explicar se o que se vê é palpável ou ilusão, nem sei se é confundido ou não. "Sei que nada sei".

    Relativamente à "introspecção", acho que o pensamento tem variadíssimos efeitos nas pessoas, depende de vários factores do carácter delas. Uma questão de sabermos usar o nosso pensamento a nosso favor, senão como já aqui foi dito, pode-se virar "contra" nós e fazermos deambular demasiado sem aproveitar o hoje.

    ResponderEliminar
  9. Ao ler-te lembrei-me automaticamente de uma imagem minha.

    http://www.photoblog.com/lampadamervelha/2007/09/18/when-we-find-the-light.html

    Talvez seja esta a interpretação que faça.

    ResponderEliminar

Vá, enriquece-me com a tua sabedoria :)