segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Equação de Pensamentos






Têm sido tempos diversos, estes. O Outono está finalmente a chegar e eu nem posso esperar. Vale a pena pensar, ver o que interessa, ponderar o que importa. Ver o que sou. Sinto-me preparada para o Outono, pisar nas folhas secas como fazia quando era miuda, e faço todos os anos. Em mim há muito mais daquela menina que fui do que a pessoa que sou. Eu faço vénias às conversas que ouço por aí, escuto com atenção para poder fazer parte de tudo, sou curiosa e fascinada por conhecer outras formas de entender conteudos... Que valham a pena. Suspiro. Muralhas, sombras, esconderijos e pisadas secas... Olho e vejo, todo o cerco que fiz, com a história que lhes e me pertence, com toda a objectividade e abstractismo que lhe faz parte e me justifica. Estou aqui a olhar para trás e, falando em cronologia, sem pensar no futuro, porque agora me mete... medo. Um medo que não é classificado, um medo que apenas existe porque sou humana, e porque faz parte de mim chorar e me apetecer cair, mas sempre sem que me vejam. E isso é fácil, sózinha é fácil... Olho ao meu redor e sei dizer " carpe diem ". E sei as razões porque o digo. A todos os que gosto e a mim mesma. O Sol está cada vez com menos força, e em breve virão nuvens, entregues àquilo que quero ver nelas, e afogar na água das chuvas o que quero afastar e ao mesmo tempo ter, para que me sinta equilibrada. Carpe a equação em diem de pensamentos...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pensando no ser e não ser


Falo de sons e de vivências, cheiros e pisadas em sítios da imaginação. Ultimamente tenho tido uma sensação desconcertante de dejà vu que não sei de onde vem, em demasiados pormenores e situações. Assaltou-me um medo de ver algumas das paisagens e os detalhes rigorosos com que os meus flashes me sussurraram à mente, em questão de milésimos de segundo. Curioso. Algumas coisas parecem-me diferentes... Onde o dia encontra a noite, passa a vez da concretização, fica o amanhã com essa missão. Construo o muralhismo daquilo que me faz mal. E não olho para trás. Vejo o dia anoitecer e a noite a amanhecer com os mesmos olhos de um dejà vu que sei como vai acabar. Amanhã é outro dia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Meditar



Andei a pensar e porque pensei fiquei acidentada mentalmente. Atropelei-me. Delineei uma coisa e depois percebi que ela mesma se desintegrou sem me deixar interferir. Maldito sejas, destino, ou lá o nome que tens. Quando vou por aí e olhos as coisas, apercebo-me do quanto sou insignificante e sinto-me triste. O som do meu redor abre-me a consciência e ensurdece-me os pensamentos. A consciência esconde-se nos prados e eu perco-me sem saber se vou para aqui ou ali. Depois há aquelas situações em que tudo está perdido, mas passadas horas se reencontrou, ou se refez, e a relatividade surte o seu efeito nas coisas. Estou em segundos e em horas, em cima do chão e debaixo das nuvens. Não há sinais para o rumo. No fundo reside a escada. Abro os olhos para a encontrar, mas os óculos que uso para ver a vida clara ficaram na gaveta. Estou onde fiquei, neste patamar que seria o fim e que é o mesmo que o início. Vou e regresso. Regresso e vou. Volto ao mesmo sítio. É inútil, ando a vaguear,vou por aí, ouvir as pedras..." para depois pegar nelas e construír um castelo..."

Saco cheio


Sabem aquelas alturas em que só dá vontade de virar as costas a tudo? Pronto, nada mais a dizer.